Exposição Fotográfica “Rio, Navegante de Memórias”




Exposição Temporária “Rio, Navegante de Memórias”

17 de Março a 29 de Abril de 2023

Museu H.P. Prudente de Moraes


As distâncias que se cumprem nas ondas do mar, assim como as margens que se unem nas sinuosidades do rio, transportam histórias concretas e imaginárias, modos de fazer, pensar e criar, arquétipos do mundo espiritual e seus momentos rituais.

O movimento das águas gera lugares de memória, complexos e fluidos, que simbolicamente se expressam na cultura de um povo.

O Rio Tejo reveste-se dessas múltiplas camadas de significação. Enquanto demarcador geográfico, é o rio mais extenso da Península Ibérica, atravessando diversas localidades espanholas e portuguesas, desaguando em estuário no Oceano Atlântico, na região metropolitana de Lisboa, após um percurso de 1007 km.

O Rio Piracicaba está historicamente ligado à povoação. Primeiramente, com os povos originários, utilizando-se de suas águas para sobrevivência, cultura e religiosidade.

Em um segundo momento, o Rio Piracicaba é o principal fator de escolha para a fundação oficial da cidade no século XVIII.

Fundada no entorno desse rio, a cidade de Piracicaba mantém diversas tradições locais e espaços turístico-culturais associados a esse curso de água que, no conjunto, definem a sua identidade patrimonial.

Culturalmente, Tejo e Piracicaba se convertem em afluentes de um conjunto similar de tradições ribeirinhas, que sobrevivem das gentes e seus momentos rituais.

O Rio, tema dominante da exposição, é abordado de um modo peculiar, em que a presença humana é omnipresente e se manifesta, em apontamentos.

Através de um olhar sensível, João Ramos absorve do Tejo a sua verdadeira essência, porque o Rio é esse navegante de memórias, que desaguam no momento presente e se constroem entre momentos de quietude e silêncios de reflexão.


Já as imagens do Rio Piracicaba, são provenientes do acervo do Museu Prudente de Moraes, que detém uma grande quantidade de fotos do local, provando a importância de suas águas para a memória e a história do local.

Sendo assim, a exposição conecta dois rios, distantes geograficamente, porém, unidos em sua função de preservar a história, a cultura e os rituais de seus povos.
 
João Ramos, artista convidado, nasceu em Portugal a 20 de Dezembro de 1981. Fotógrafo amador, tem na zona ribeirinha do concelho da Moita, município onde atualmente reside, um dos seus locais preferidos para fotografar, registando através de sua objetiva, a multiculturalidade patrimonial associada ao Tejo.